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Governo amplia o crédito às pequenas para exportações

Paula Andrade Para ajudar a manter a liquidez para as micro e pequenas empresas exportadoras, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou ontem mudanças no Programa de Financiamentos à Exportação (Proex). Entre elas, a ampliação do limite de faturamento anual que dá direito ao financiamento, que aumentou de R$ 150 milhões para R$ 300 milhões, ampliando o número de empresas beneficiadas pelo sistema. "Esperamos o aumento do universo de pequenas e médias empresas que precisam exportar, mas não estão conseguindo", disse o secretário executivo do ministério de Desenvolvimento Indústria e Comercio Exterior, Ivan Ramalho. O Proex Financiamento é administrado pelo Banco do Brasil, atende pequenas e médias empresas exportadoras, financiando importadores desses produtos brasileiros. Além de aumentar o limite de faturamento das empresas que podem entrar no programa, o governo também decidiu alongar para até seis meses o prazo de todas as operações de crédito via Proex para empresas que importam produtos brasileiros; e incluiu todo o setor de audiovisual. O financiamento que até hoje estava restrito a obras cinematográficas, agora atenderá também as áreas de propaganda, publicidade e televisão com pagamento até dois anos. O secretário-executivo comentou que além da identificação da escassez de crédito, havia o risco de o governo não conseguir liberar todo o orçamento do programa previsto para este ano. De acordo com Ramalho, faltando apenas dois meses para acabar o ano e 30% dos R$ 1,3 bilhão ainda estão parados. "Não faz sentido, nesse cenário de escassez de crédito, fechar o ano sem utilizar todos os recursos", afirmou. A Camex aprovou ainda a ampliação de US$ 10 milhões para US$ 20 milhões do valor máximo, por empresa, no Proex Equalização. Segundo a diretora da Secretaria Executiva do Ministério do Desenvolvimento, Lúcia Helena Souza, esse limite vale para o comércio entre empresas do mesmo grupo em países diferentes. O Proex Equalização atende grandes empresas, nas quais 60% do comércio são entre empresas do mesmo grupo. De acordo com a diretora, o limite anterior era insuficiente tendo em vista o volume exportado por empresas que produzem bens de capital e de alto valor agregado.
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