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Selic: analistas projetam alta de 1,5, 2 e até 3 pontos; o que esperar da economia?
Nesta semana, os olhos do mercado se voltam para o Comitê de Política Monetária (Copom), que realiza a penúltima reunião anual para definir a Selic, taxa básica de juros da economia.
Nesta semana, os olhos do mercado se voltam para o Comitê de Política Monetária (Copom), que realiza a penúltima reunião anual para definir a Selic, taxa básica de juros da economia. Com a alta progressiva dos últimos meses, a expectativa é de mais uma elevação na taxa devido ao cenário econômico atual. No último boletim Focus, do Banco Central (BC), a previsão da Selic é de 8,75%.
Entretanto, analistas não descartam uma alta ainda maior. Ulisses Ruiz de Gamboa, professor do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (CMLE) da Universidade Presbiteriana Mackenzie, sugere que o ano deve terminar com uma taxa entre 9% e 9,25%. Isso representa uma elevação de até dois pontos percentuais comparados com a taxa atual.
Já o professor do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA) da Mackenzie, Marcos Antonio de Andrade, projeta a taxa para 8,25% ao final deste ano.
Segundo Ulisses Ruiz, essa alta na previsão se deve à instabilidade política e ao furo do teto de gastos para o Auxílio Brasil. “Essa instabilidade está provocando uma disparada do dólar, está acelerando a inflação e essa aceleração vai ser combatida pelo Banco Central com o aumento da taxa básica”, explica.
IPCA-15: Prévia da inflação influencia novas projeções
Com o cenário de risco fiscal e a prévia da inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que acelerou para 1,20% em outubro, analistas consultados pelo O Globo acreditam que o Banco Central acelere o aumento da Selic na decisão desta quarta-feira. Há previsões de 1,5, 2 e até 3 pontos percentuais, como é o caso da Genial Investimentos.
Com juros mais altos, a atividade econômica é afetada negativamente. O Focus mostra uma expectativa de crescimento abaixo de 5% para este ano, em 4,97%. Para 2022, a projeção é de 1,4%. Na semana anterior, esse valor chegou a 1,5%.
O Itaú foi uma das instituições financeiras que rebaixaram suas projeções para a economia brasileira. A companhia passou a prever uma recessão e aumento do desemprego em 2022, com queda de 0,5% no Produto Interno Bruto (PIB).
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Indicadores de inflação
08/2024 | 09/2024 | 10/2024 | |
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IGP-DI | 0,12% | 1,03% | 1,54% |
IGP-M | 0,29% | 0,62% | 1,52% |
INCC-DI | 0,70% | 0,58% | 0,68% |
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IPC (FIPE) | 0,18% | 0,18% | 0,80% |
IPC (FGV) | -0,16% | 0,63% | 0,30% |
IPCA (IBGE) | -0,02% | 0,44% | 0,56% |
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Atualizado em: 29/11/2024 18:59 |