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Como se diferenciar da concorrência no setor de alimentação? Veja dicas

Seja um cachorro-quente ou um bolo caseiro, é possível encontrar formas de se diferenciar e encantar o cliente

Prensado, com purê, com salsicha especial, acompanhado de batata palha ou não. O cachorro-quente é um dos sanduíches mais conhecidos no Brasil e no exterior. Vendido em lanchonetes ou na rua, é exemplo de comida rápida, prática e democrática por conta do preço e da elevada oferta. É um sanduíche tão presente na vida dos brasileiros que tem até uma data oficial: no dia 9 de setembro, se comemora o Dia Nacional do Cachorro-Quente.

O dogão (como é chamado em São Paulo), Fartura (nome usado por quem vive em João Pessoa) ou Kikão (apelido dado pelos manauaras) é só um exemplo de como um produto pode ser trabalhado de diferentes formas. Há quem invista no molho de tomate feito à perfeição. Outros apostam no pão tamanho família ou feito com multigrãos. Não importa a escolha, o importante aqui é se destacar em um mercado tão amplo e concorrido.

Dicas

Para aproveitar a data, o leitor vai encontrar aqui uma série de dicas para quem empreende no ramo de alimentação, não apenas de hot dogs, mas outras comidinhas, como bolos caseiros, salgados, pizzas e marmitas.

A oferta desses produtos é grande. Por isso, o empreendedor deve pensar em formas de se diferenciar da concorrência. Não basta ter o melhor preço ou uma receita que é segredo de família. É preciso levar em consideração aspectos como localização do ponto comercial, embalagem, higiene, marketing, logística, fornecedores, pós-venda e cuidado na seleção de mão-de-obra. Sem deixar de fora, é claro, temas que fazem parte do dia a dia de qualquer negócio, como a gestão financeira, seja um microempreendedor individual (MEI) ou um comércio ou prestador de serviço de médio ou grande porte.

Mais do que preço

Com o crescimento do e-commerce, mesmo quem quer mirar no produto mais barato da vizinhança (e acha que assim vai cair no gosto do cliente) vai encontrar dificuldades. As plataformas de entrega permitem comparar preços num raio muito maior e ainda consultar a avaliação de outros consumidores. Por isso, mesmo o empreendedor que quer ser agressivo no preço deve ter em mente que qualidade é uma das formas de fidelizar os clientes, aliada ao bom atendimento – regra que vale para qualquer cardápio.

Quem opta por esse tipo de refeição normalmente não está apenas com o orçamento controlado, mas também dispõe de pouco tempo. Para evitar que o cliente se frustre, o comerciante deve dimensionar bem o tamanho da equipe e ter certeza de que o time está treinado e azeitado para funcionar bem junto.

Serviço rápido

Se o empreendedor trabalhar sozinho, também deverá criar rotinas diárias para ganhar minutos que podem ser valiosos – pode ser com a preparação prévia de ingredientes ou o acondicionamento de embalagens.

Em tempos de pandemia, a questão sanitária ganhou ainda mais relevância. A máscara e a oferta de álcool em gel são indispensáveis e vão contar pontos mesmo entre os consumidores mais distraídos. Da mesma forma, é preciso garantir que não haja aglomeração e que os funcionários sigam as recomendações dos órgãos de saúde pública.

A pandemia também evidenciou a importância do delivery. Até restaurantes estrelados aderiram à entrega em casa. Mesmo com a flexibilização, a expectativa de quem acompanha o comércio de alimentos de perto é que essa opção se mantenha em alta, por isso vale a pena avaliar a adesão.

Embalagem conta

Não basta ter um bom serviço de entrega – próprio ou terceirizado – para garantir a melhor experiência. As embalagens costumam ser um quesito pouco valorizado por quem trabalha com alimentação. Não é raro para o consumidor se frustrar com o espaguete ao sugo que empapa a sacola ao chegar ao destino ou o guardanapo de papel que, de tão ruim, apenas empurra a sujeira de um canto para o outro da boca. São cuidados que podem parecer sem importância para o empreendedor, mas que podem pesar quando o cliente for deixar sua avaliação no app de pedidos ou quando for fazer uma nova encomenda.

Quem for trabalhar com comércio de rua deve, além de fazer uma pesquisa sobre o potencial fluxo de pessoas, consultar os órgãos municipais para saber o tipo de licença para a venda de alimentos – isso vale para food trucks, carrinhos ou barracas -, sob pena de perder toda a mercadoria e ainda ter de arcar com uma multa.

Todos esses cuidados, no entanto, não são garantia de sucesso se o empreendedor não conseguir oferecer um produto reconhecido pelos seus diferenciais em relação à concorrência, que seja capaz de fidelizar o público e ainda atrair novos clientes. Ou seja, é preciso entregar algo mais?

Entenda o consumidor

Identificar as principais demandas passa, por exemplo, por pesquisas junto aos consumidores ou potenciais clientes (pode ser pelas redes sociais ou informalmente, num bate-papo na hora de receber pela venda). Daí podem surgir ideias para ajustes de cardápio ou correções de rota na parte operacional que vão resultar em vantagem competitiva.

A experiência inesquecível

Outro exercício para chegar a formas de se diferenciar na hora de trabalhar com um alimento num segmento com muita concorrência é procurar na própria vivência as experiências gastronômicas inesquecíveis.

O empreendedor deve se perguntar: por que aquele prato foi tão marcante? O que ele tinha de especial e por que valeria repetir a experiência? Essas questões podem ser extrapoladas a um círculo maior de pessoas, como a família, amigos próximos e até os clientes.

Divulgação

Encontrado o caminho para servir um alimento inesquecível, seja ele um cachorro-quente, um bolo caseiro ou um pastel, é imprescindível estar atento à divulgação. O comerciante pode:

- Recorrer às redes sociais, como Facebook, Instagram e Twitter.
- Organizar um e-mail marketing e enviar mensagens de WhatsApp.
- Divulgar a marca e os produtos em sites especializados (comunidades de um determinado bairro ou de funcionários de uma empresa).
- Oferecer descontos ou brindes aos clientes que indicarem outros consumidores.
- Montar um website para divulgar promoções.
- Organizar eventos de degustação de novos produtos.
- Se apresentar ao departamento de RH das empresas da vizinhança para oferecer programas de fidelidade ou descontos.

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