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Bolsa sobe e dólar cai com início de processo de impeachment
A moeda norte-americana teve a maior queda em um mês e o Ibovespa subiu fortemente em dia de otimismo no mercado financeiro
O dólar teve a maior queda em um mês e o Ibovespa (índice das ações mais negociadas e de maior valor de mercado da Bolsa) subiu fortemente no dia seguinte à aprovação da meta fiscal do governo para 2015 e ao anúncio de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O dólar comercial caiu 2,26% e fechou esta quinta-feira (03/12) vendido a R$ 3,748, na menor cotação desde o último dia 24 de novembro (R$ 3,704).
A moeda norte-americana operou em queda durante toda a sessão. Na mínima do dia, por volta das 15h30, o dólar chegou a ser vendido a R$ 3,738. A divisa acumula queda de 3,54% em dezembro, mas subiu 41% no ano.
O dia também foi positivo na Bolsa de Valores de São Paulo. O Ibovespa subiu 3,29% e fechou aos 46.393,26 pontos, interrompendo uma sequência de quatro quedas.
Foi a maior alta percentual diária desde 3 de novembro, quando o índice havia subido 4,76%. As ações preferenciais da Petrobras, as mais negociadas, subiram 6,12%. As ações do BB Seguridade, subsidiária de seguros do Banco do Brasil, saltaram 8,43%.
As ações do BTG Pactual, que vinham caindo nos últimos dias com a prisão de um de seus sócios, o banqueiro André Esteves, subiram 1% nesta quinta-feira (03/12). No entanto, desde o dia 24 de novembro, um dia antes da prisão de Esteves, o pacote de ações (unit) caiu 35,25%.
O mercado financeiro vê o impeachment como uma possível solução para a crise política, que gera repercussões na economia.
Para o professor do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo (USP) Fabio Kanczuk, se o processo for aprovado e o vice-presidente Michel Temer assumir a Presidência, terá melhores condições políticas para governar e promover reformas macroeconômicas.
Já o economista Luciano D'Agostini, pós-doutorando em macroeconomia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, classifica de "imprudente" um possível processo dessa natureza e diz que as consequências vão "respingar no cidadão".
Para o economista, devido às incertezas quanto ao futuro, a volatilidade (forte oscilação) da cotação do dólar deve aumentar, assim como o risco país (que mede o grau do risco que um país representa para o investidor estrangeiro).
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