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Iniciativa privada dá o tom do crescimento da economia brasileira, afirma professor da Fundação Getulio Vargas
Economista aponta evidências da retomada econômica com investimentos do setor privado e arrocho das finanças do governo
Economista aponta evidências da retomada econômica com investimentos do setor privado e arrocho das finanças do governo
De acordo com o economista e professor da IBE Conveniada FGV, Anderson Pellegrino, o Brasil está vivendo um momento de retomada da atividade econômica “impulsionada principalmente pelo setor privado, cujo crescimento tem mais do que compensado a variação negativa do setor público”.
“Isso demonstra que a iniciativa privada vem ocupando um papel importante no processo de recuperação da economia brasileira e que, por outro lado, o setor público vem trabalhando fortemente para a contenção de gastos, refletindo a tentativa de ajuste das contas públicas brasileiras”, enfatiza Pellegrino.
Os dados comprovam a afirmação. No final de janeiro, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia divulgou a nota técnica “Retomada Via Setor Privado”, que evidencia a evolução positiva dos investimentos da iniciativa privada na economia brasileira. A alta foi de 2,72%, representando aportes maiores do que do setor público, que apresentou queda de 2,25%. A comparação foi feita entre o terceiro trimestre de 2019 e o mesmo período de 2018 com números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado do PIB Brasileiro, que ficou muito acima das expectativas, atingindo crescimento de 1,19% na comparação dos terceiros trimestres de 2019 e 2018, também aponta para a retomada. “A evolução positiva do setor privado tem sido observada desde o 2º trimestre de 2019, ao passo que a trajetória descendente do setor público foi iniciada no 3º trimestre de 2018”, comenta o professor.
Logo, a evolução positiva do investimento privado, em contraposição ao investimento público, é um destaque. “Trata-se de um crescimento (do setor privado) mais sólido e que tende a apresentar aceleração em 2020”, avalia o professor.
Destaque no IED
Os dados do IBGE são corroborados por outro estudo, o Monitor de Tendências de Investimentos Globais, que também foram divulgados em janeiro, pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). O estudo mostrou que o Investimento Estrangeiro Direto (IED) no Brasil teve um aumento de 26% no ano passado.
Essa nova situação fez o Brasil sair da 9ª para a 4ª posição como destino de IED. O país está atrás apenas dos Estados Unidos, China e Cingapura. Em 2018, o IED era de US$ 60 bilhões e, no ano seguinte, passou para US$ 75 bilhões. Esse valor foi puxado pela venda da Transportadora Associada de Gás (TAG) pela Petrobras.
“O país está em recuperação e atraindo investimento estrangeiro. Nosso câmbio está desvalorizado, o que torna o Brasil barato aos olhos do investidor estrangeiro, ou seja, atraente para quem quer fazer uma aposta de médio e longo prazo na economia brasileira”, termina Pellegrino.
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