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Confiança empresarial recua 0,1 ponto em outubro e tem relativa estabilidade pelo quarto mês seguido
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) caiu 0,1 ponto em outubro de 2019
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) caiu 0,1 ponto em outubro de 2019. Em médias móveis trimestrais, o indicador ficou estável em 94,0 pontos. Esse índice consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE - Indústria, Serviços, Comércio e Construção -, refletindo a confiança do empresário na situação atual dos negócios e também suas expectativas quanto ao futuro.
Os dois componentes do ICE evoluíram em sentidos opostos em outubro: o índice que mede a percepção corrente dos empresários (ISA-E) subiu 1,2 ponto, para 92,7 pontos. O Índice de Expectativas (IE-E) caiu 1,2 ponto, para 99,7 pontos, iniciando o quarto trimestre ligeiramente abaixo da faixa neutra dos 100 pontos.
“Essa queda de 0,1 ponto é pequena. Podemos afirmar que o ICE vem se mantendo relativamente estável há quatro meses. Essa relativa estabilidade se deve a alguns aspectos favoráveis, que estão pesando sobre a confiança, e a outros aspectos que são desfavoráveis. A visão dos empresários da situação atual do mercado reflete a leve recuperação econômica que nós estamos trilhando, há quase dois anos. Ainda estamos nos recuperando da dura recessão vivida entre 2014 e 2017. É uma recuperação, embora lenta”, comenta Anderson Pellegrino, professor de Economia da IBE Conveniada FGV.
Pellegrino ressalta que, com relação a expectativas sobre o futuro, ainda há muita incerteza a curto e médio prazos e isso acaba sendo um ponto negativo na composição do índice. “Há incerteza em diversos campos da economia, inclusive no próprio ritmo da continuidade da recuperação econômica.”
“De qualquer forma, vale ressaltar que o Índice vem se mantendo estável. As oscilações são bem pequenas nos últimos quatro meses e isso, de modo geral, reflete o momento atual e a própria perspectiva de curto prazo da economia. Vamos continuar em recuperação econômica. Ela ainda é lenta, os números são tímidos em termos de crescimento, mas é algo positivo. É crescimento e é favorável”, enfatiza o economista.
Mais sobre o ICE
Em termos setoriais, em outubro houve comportamento desfavorável da confiança da Indústria e do setor de Serviços, os dois carros-chefes do índice, e uma evolução favorável do Comércio e da Construção. Em médias móveis trimestrais, apenas a confiança da Indústria apresenta tendência negativa.
Em outubro, a confiança avançou em 47% dos 49 segmentos que integram o ICE, um número ligeiramente abaixo da proporção em alta do mês anterior. O destaque positivo é o Comércio, em que a difusão de alta superou os 60% em outubro, após ter o pior desempenho setorial em setembro neste quesito.
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