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Compras para Dia das Mães devem revelar tendência da economia, avalia economista da FGV
73%, cerca de 109 milhões de brasileiros, devem presentear na data e maioria vai pagar à vista
73%, cerca de 109 milhões de brasileiros, devem presentear na data e maioria vai pagar à vista
Movimento deve injetar quase R$ 14 bilhões nos setores do comércio e serviços
O Dia das Mães é a segunda data comemorativa mais importante para o varejo nacional, perdendo apenas para o Natal. Segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), sete em cada 10 brasileiros pretendem comprar presente no Dia das Mães.
A porcentagem corresponde a aproximadamente 109 milhões de brasileiros e as compras devem injetar quase R$ 14 bilhões na economia. “Este será o primeiro crescimento nas vendas após dois anos consecutivos de queda e deve confirmar a tendência de retomada”, avalia o professor da IBE-FGV, Paulo Ferreira Barbosa, doutor em Economia.
Ainda de acordo com o especialista, caso as expectativas sejam confirmadas, os empresários e investidores devem começar a tirar os projetos da prateleira e voltar a investir, de olho no otimismo do mercado.
O pagamento a vista deverá ser utilizado por 65% dos consumidores: 58% dos casos em dinheiro e 6%, apenas no débito. 23% dos entrevistados apontaram o cartão de crédito como opção e pagamento, seja em parcela única (7%), em várias parcelas (14%) ou no cartão de loja (2%). Entre os que dividirão as compras, a média é de quatro prestações por entrevistado.
Preços
A pesquisa da SPC Brasil e CNDL revela também que apenas 10% dos consumidores têm a intenção de gastar mais com presentes. A maior parte (38%) planeja desembolsar a mesma quantia que ano passado, enquanto 27% quer diminuir.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta aumento nos preços dos produtos mais procurados na data. “Conforme dados do IPC, os itens tiveram alta de preços de 4,76% entre maio de 2016 e abril de 2017, variação acima na inflação acumulada no mesmo período, de 4,17%”, adianta o economista.
Entre os presentes observados pela FGV, as maiores altas de preço foram dos perfumes (7,92%), ventiladores (7,45%) e liquidificadores (7,28%). Já as maiores quedas foram de celulares (-4,05%), roupas (-1,27%) e máquinas fotográficas (-0,12%).
“Quem prefere dar um passeio ao invés de presente tem que ficar atento. A FGV descobriu que os preços dos serviços tiveram uma alta maior, de 6,41% contra 2,4% dos presentes. Entre os maiores aumentos estão os preços do teatro (36,66%), show musical (9,79%) e cinema (6,91%)”, destaca o professor.
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Atualizado em: 28/11/2024 13:42 |