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O desempenho econômico e financeiro de uma pequena empresa de comercio atacadista de alimentos para animais.

Este trabalho envolve os relatórios e índices que apresentam a situação econômica e financeira da empresa.

Autor: Joice GonçalvesFonte: A Autora

Resumo: Este trabalho envolve os relatórios e índices que apresentam a situação econômica e financeira da empresa. A situação econômica financeira foi analisada através dos índices econômicos, endividamento e rentabilidade financeira, tendo em vista que muitas pequenas e medias empresas não se utilizam dos relatórios contábeis e índices para a verificação dos resultados, utilizando dados de exercícios anteriores e apenas para cumprir as obrigações com o fisco. O olhar dos gestores deve abranger um detalhadamente de todas as atividades sabendo utilizar desses recursos para leitura e interpretação dos resultados apresentados. O estudo inicia-se pela revisão da literatura dos relatórios mais utilizados pela contabilidade, análise, índices e finanças, de forma a evidenciar as definições e considerações importantes da empresa. Por fim para facilitar o entendimento realiza-se um estudo de caso em uma pequena empresa de comercio atacadista de alimentos para animais, a qual permite a visualização da importância destes relatórios contábeis e interpretação dos mesmos.

 

 

Palavras – chave: Relatórios, Índices econômicos e Interpretação de Resultado.

 

1 INTRODUÇÃO

 

A informação correta e oportuna é fator decisivo para as empresas manterem-se competitivas perante as constantes mudanças no cenário econômico mundial. E a contabilidade quando utilizada como instrumento de controle gerador de informações, ocupa papel fundamental nas empresas, porém seu objetivo primordial é originar elementos úteis aos usuários, auxiliando os gestores na tomada de decisão.

Os relatórios de uma empresa são primordiais para que seu sucesso no ramo seja certo, por isso ela tem que possuir o controle de suas finanças, de seus balanços, para poder cumprir com seus compromissos de forma hábil e correta, obedecendo a normas e critérios específicos.

As demonstrações contábeis geram informação relatando a situação econômica e financeira da empresa originando dados contábeis que subsidiará indicadores e a obtenção de resultados satisfatórios.

De acordo com Santos, (2013, p. 27 e 28.)

 

As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. O objetivo das demonstrações contábeis é o de proporcionar informações acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. As demonstrações contábeis também objetivam apresentar os resultados da atuação da administração, em face de seus deveres e responsabilidades na gestão diligente dos recursos que lhe foram confiados. Para satisfazer a esse objetivo, as demonstrações contábeis proporcionam informações da entidade acerca do seguinte: a) ativos; b) passivos; c) patrimônio líquido; d) receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas; e) alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a eles; e f) fluxos de caixa. Essas informações, juntamente com outras informações constantes das notas explicativas, ajudam os usuários das demonstrações contábeis na previsão dos futuros fluxos de caixa da entidade e, em particular, a época e o grau de certeza de sua geração do balanço patrimonial, tendo como base o referido Pronunciamento que trata da apresentação das demonstrações financeiras.

 

 

Qualquer representação de um fenômeno patrimonial que contenha dados extraídos dos livros contábeis pode ser chamada de “demonstração contábil”, podendo ser ela analítica ou sintética, geral ou parcial. (FRANCO, 2009, p. 130)

As empresas precisam ser estruturadas de modo à que todos os envolvidos possam entender o funcionamento da mesma e também resolver problemas imprevistos que possam vir a surgir.

 

As demonstrações contábeis devem ser identificadas claramente e designadas de qualquer outra informação que porventura conste no mesmo documento publicado. As práticas contábeis brasileiras aplicam-se apenas às demonstrações contábeis e não necessariamente à informação apresentada em outro relatório anual, relatório regulatório ou qualquer outro documento. Por isso, é importante que os usuários possam distinguir informações elaboradas utilizando-se das práticas contábeis brasileiras e de qualquer outra informação que possa ser útil aos seus usuários, mas que não são objeto dos requisitos das referências práticas. (SANTOS, p. 150, 2013.)

 

O Ativo Circulante precisa ser minuciosamente calculado e planejado, pois assim eventuais problemas podem ter solução mais rápida e sem que todos os envolvidos venham a ter prejuízos nas tramitações. Tudo precisa ser calculado e planejado de modo que eventuais percalços possam ser resolvidos e eliminados sem ter nenhum prejuízo para os responsáveis.

O Passivo Circulante deve ser bem planejado, pois assim o investimento se torna mais seguro e o sucesso do empreendimento com mais garantias. Quando se gasta mais do que se ganha o risco de falência é eminente.

O empreendedor dever ter tudo minimamente calculado, investimentos, gastos, lucros, empréstimos, assim com esses dados em dia fica mais fácil à tarefa de manter a empresa de modo seguro e seu sucesso no mercado pode ser garantido.

Este estudo tem por objetivo analisar e identificar a situação econômico-financeira de uma empresa de comércio atacadista de alimentos para animais, optante pelo lucro presumido através de índices. Demonstrar o desempenho econômico, endividamento e rentabilidade financeira da empresa. Elaborar relatórios analíticos da situação econômico-financeiro da empresa.

Justifica-se este estudo em função da importância dos relatórios contábeis e sua interpretação o qual visa contribuir para o controle absoluto e imprescindível das informações que são consideradas um elemento estratégico para as organizações auxiliando na tomada de decisão

Devemos levar em conta que a contabilidade é um sistema que vincula o pessoal, os dados e o bom uso das tecnologias a serviço da informação. Uma empresa cujos dados são claros tem maior aceitação e maior credibilidade no mercado. Para tal todos os envolvidos devem estar empenhados em realizar seus respectivos trabalhos de modo a que todos possam ser beneficiados e a empresa possa ser cada vez mais reconhecida por seus méritos.

"A contabilidade originou-se da necessidade de se controlar o patrimônio dos empreendimentos econômicos e mensurar os resultados obtidos a partir do gerenciamento". (FIGUEIREDO, 1997, p. 59).

Um empreendimento bem administrado, de forma clara e objetiva faz com que a empresa possa ter maior credibilidade e o reconhecimento por parte de clientes e investidores pode ser bem melhor.

 

 

 

2 BALANÇO PATRIMONIAL

 

O balanço de uma empresa nada mais é que o demonstrativo do estado em que se encontra a empresa. Tanto de seu patrimônio quanto de seus rendimentos, suas dívidas. É o demonstrativo contábil que apresenta num dado momento, a situação do patrimônio de uma entidade.

O balanço é uma das mais importantes formas de esclarecimento sobre o andamento das empresas. Se o balanço não for bem claro e convincente as empresas encontram dificuldades até mesmo em participar de licitações que exigem clareza e transparência para que possam ser aceitas e possam competir no mercado que está cada vez mais exigente nesse quesito.

“A Demonstração contábil é a forma por meio da qual a Contabilidade se comunica com os interessados no patrimônio da entidade, evidenciando-o geralmente, deforma sintética”. (VELTER e MISSAGIA, 2010, p. 08)

A documentação de uma empresa é muito importante, tendo em vista que evita que os gestores tenham problemas e também vale ressaltar que essas empresas podem optar pelo simples nacional, até o momento que, se empreenderem vem a aumentar o porte e necessitem.

 

A apresentação dos elementos patrimoniais assume grande importância, pois trata-se de peça contábil utilizada para revisão e análise dos negócios. Com o propósito de reduzir certas confusões e entraves que existiam, caso os responsáveis pela empresa agissem livremente na preparação do demonstrativo, foram estabelecidos certos princípios gerais sobre a forma e conteúdo do balanço. O ativo é indicado no lado esquerdo ou na parte superior. O Passivo no lado direito ou na inferior. O Patrimônio Líquido, que dá a informação adicional, mostrando o investimento e o lucro (ou prejuízo) acumulado, é indicado no lado direito ou inferior, somado ou subtraído do Passivo, conforme seja positivo ou negativo. A classificação das contas depende da natureza da empresa e da função de cada uma no conjunto. A seqüência pode partir das contas de natureza fixa permanente as de natureza móvel e menos permanente ou vice-versa, tanto do lado do Ativo como do lado do Passivo. Alguns tipos jurídicos de sociedade têm o balanço padronizado de acordo com normas especiais e entre eles destacam-se as Cooperativas e os Sindicatos. O mesmo ocorre com as Companhias Seguradoras e Instituições Financeiras. (FEA/USP, p. 153, 1993)

 

 

Balanço patrimonial é uma demonstração sintética dos componentes patrimoniais e nisso ele se distingue do inventário, que é uma descrição analítica e específica desses mesmos componentes. (FRANCO, 2009, p. 141)

Segundo Padoveze, (2004, p. 72):

 

Temos que salientar que o balanço patrimonial é elaborado segundo os princípios contábeis geralmente aceitos, mas nada impede que, gerencial e internamente, se construam balanços com critérios de avaliação alternativos. Alguns teóricos sustentam que alguns critérios de avaliação são inaceitáveis nos dias de hoje e que com isso a informação do balanço fica prejudicada.

 

 

Neto, (2012, p. 58)

 

O balanço apresenta a posição patrimonial e financeira de uma empresa em dado momento. A informação que esse demonstrativo fornece é totalmente estática e, muito provavelmente, sua estrutura se apresentará relativamente diferente algum tempo após seu encerramento. No entanto, pelas relevantes informações de tendências que podem ser extraídas de seus diversos grupos de contas, o balanço servirá como elemento de partida indispensável para o conhecimento da situação econômica e financeira de uma empresa. O balanço compõe-se de três partes essenciais: ativo, passivo e patrimônio líquido. Cada uma dessas partes apresenta suas diversas contas classificadas em “grupos”, os quais, por sua vez, são dispostos em ordem decrescentes de grau de liquidez para o ativo e em ordem decrescente de exigibilidade para o passivo.

 

 

As empresas são obrigadas a levantar o balanço pelo menos uma vez em cada período de doze meses, podendo este período coincidir ou não com o ano civil. Para fins de gestão administrativo-econômico-financeira dos negócios, quanto maior o número de balanços for levantado em um período, tanto melhor para a empresa e para as pessoas interessadas em suas atividades, pois estas terão oportunidades de conhecer, em menor intervalo de tempo, o patrimônio, suas variações, as causas dessas variações e, como conseqüência, poderão verificar o grau de acerto ou desacerto das decisões passadas, bem como fixar nova política para futuros negócios. Levanta-se o balanço, também, nos seguintes casos especiais: liquidações, transformações, incorporações, fusões e cisões. (FEA/USP, p. 141, 1993).

 

Para Reis e Marion, (2006, p. 2):

 

Procura evidenciar, em determinada data, a natureza dos valores que compõem o patrimônio da empresa: bens e direitos, e a origem desses valores, obrigações e patrimônio líquido. Evidencia, assim, a posição patrimonial e a posição financeira da empresa. É levantando ao final de cada exercício, a partir das contas relacionadas no balancete final, devidamente classificados consoantes critérios.

 

Em conformidade com a Lei nº 6.404/76 das Sociedades por ações modificadas pelas Leis nº 11.638/07 e 11.941/09 determina a estrutura básica das quatro demonstrações financeiras.

O Balanço Patrimonial deve conter os seguintes grupos de contas:

Quadro1:

 

 

ATIVO

ATIVO CIRCULANTE

·          Disponibilidades.

·          Direitos realizáveis no curso do exercício social seguinte.

·          Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.

ATIVO REALIZAVEL A LONGO PRAZO

·          Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte.

·          Direitos derivados de adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretos, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objetivo da companhia.

Investimentos

·          Participações permanentes em outras sociedades e direitos de qualquer natureza, não classificáveis no Ativo Circulante, ou Realizável a Longo Prazo que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou empresa.

Imobilizado

·          Direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da companhia ou empresa, ou exercícios com essa finalidade, inclusive os de propriedade comercial ou industrial.

Intangível

·          Aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais um exercício social, inclusive juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das operações sociais.

 

PASSIVO

 

PASSIVO CIRCULANTE

 

·          Obrigações da companhia, inclusive financiamentos para a aquisição de direitos do Ativo Permanente quando venceram no exercício seguinte.

PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

·          Obrigações vencíveis em prezo maior que o exercício seguinte.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital Social

·          Montante do capital subscrito e, por dedução, parcela não realizada.

Reservas de Capital

·          Ágio na emissão de ações ou conversão de debêntures e partes beneficiárias.

·          Produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição.

·          Prêmios recebidos na emissão de debêntures, doações e subvenções para investimentos.

Reservas de Lucros

·          Contas constituídas a partir de lucros gerados pela companhia.

Lucros ou Prejuízos Acumulados

·          Lucro gerado pela companhia que ainda não receberam destinação especifica.

 
 

Fonte: (MATARAZZO, 2010, p. 29).

Esta demonstração é uma representação sintética dos elementos constituintes do patrimônio da empresa. Neste contesto, o patrimônio subdivide-se em bens e direitos pertencentes à empresa, de um lado, e obrigações para com credores e proprietários de outro. Costuma-se representar o balanço dessa forma, colocando – se os bens e direitos (ativos, como são determinados) à esquerda, e as obrigações (passivos exigíveis, se para com credores, não-exigíveis, se para com proprietários) à direita. As somas dos dois lados devem, por definição, ser iguais.

Em resumo, o que está representado no Balanço Patrimonial pode ser simplificado por esta equação:

A= PE + PL

Onde

A = ativo total (soma de bens e direitos).

PE = passivo exigível (obrigações e dividas para com credores, ou terceiros).

PL = patrimônio líquido (capital pertencente aos proprietários da empresa ou capital próprio).

Ressalte - se ainda um aspecto importante: todos os valores contidos num balanço, que são os saldos das várias contas de ativo e passivo, correspondem à composição do patrimônio da empresa numa data especificada (quando temos em estoque nesse dia, quanto devemos de impostos, qual é a contribuição acumulada dos proprietários, e assim por diante) Este aspecto é importante para análise financeira, pois os valores de uma Demonstração de Resultados ou de uma Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos. (SANVICENTE, p. 165, 166).

O objetivo da empresa é clareza e transparência no que se refere a suas questões de patrimônio e renda. Se a empresa trabalha de modo claro e objetivo, tem mais chances d esse firmar no mercado e devido a se torna mais confiável perante àquelas pessoas que dependem de transações e negociações com esta.

“O balanço patrimonial é uma demonstração que relata os bens e direitos (ativo) e as obrigações e a participação dos acionistas (passivo) da empresa, dando, dessa forma, ao leitor, a posição patrimonial e financeira da empresa”. (ALMEIDA, 2003, p. 130)

 

2.2 D.R.E: DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

 

A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado período, normalmente, de doze meses.

“A demonstração de resultado feita em moeda corrente traz alguns problemas de avaliação dos valores das despesas e receitas, tendo em vista o ambiente “inflacionário” que ainda existe no país”. (PADOVEZE, 2004, p. 73)

“Evidencia o resultado – lucro ou prejuízo – do período e os fatores determinantes desse resultado.” (REIS e MARION, 2006, p. 2)

A D.R.E. se resume em:

 

É uma peça contábil que mostra o resultado das operações sociais – lucro ou prejuízo. Dentro desse objetivo básico, procura evidenciar:

a)   O resultado operacional do período – lucro ou prejuízo apurado nas operações principais e acessórias da empresa, provocado pela movimentação dos valores aplicado no ativo;

b)   O lucro líquido do período, ou seja, aquela parcela dos resultados que, efetivamente, ficou à disposição dos sócios para ser retirada ou reinvestida. Além disso, presente demonstrativo procura mostrar, em seqüência lógica o ordenada, todos os fatores que influenciaram, para mais ou para menos, o resultado do período tornando-se, assim, valioso instrumento de análise econômico-financeira e preciosa fonte de informações para a tomada de decisões administrativas. A demonstração do resultado termina na apuração do lucro líquido. A distribuição desse lucro vai aparecer em outro demonstrativo, no dos lucros ou prejuízos acumulados ou no das mutações do patrimônio líquido. Deve ser informado, no final do demonstrativo em pauta, o valor do lucro líquido por ação do capital social (lucro líquido/ número de ações). Essa informação é importantíssima para o investidor poder avaliar o rendimento obtido e o tempo de retorno do seu investimento. (REIS, E MARION, 2006, p. 55)

 

Algumas orientações básicas na elaboração da DRE:

 

- A DRE retrata as principais operações realizadas por uma empresa em determinado período (exercício social), destacando as receitas e despesas realizadas e o resultado líquido.

- As receitas e despesas do período são consideradas na DRE de forma independente de sua realização financeira. Assim, as receitas de vendas são registradas quando de suas realizações; a despesa de pessoal é considerada no próprio mês da prestação dos serviços, mesmo que ainda não tenha sido paga; a despesa de imposto de renda é inserida na demonstração de resultados (DRE) no exercício a que se refere quando o imposto é declarado.

- Estes aspectos contidos na legislação societária reforçam o conceito de “Regime de competência” para apuração do resultado do exercício.

- Na DRE consolidada devem ser, ainda, destacados os resultados líquidos referentes à participação de acionistas (sócios) não controladores (minoritários) e dos controladores.

- Os custos dos produtos vendidos (e também dos serviços prestados) são reconhecidos na DRE em conjunto com as receitas do mesmo período. Assim, os custos e despesas contabilizados correspondem às receitas de vendas apurados no período. (NETO, 2012, p. 76)

 

Quadro 2: estrutura da demonstração do resultado de acordo com a lei das S.A.

 

RECEITA BRUTA DE VENDAS E/OU SERVIÇOS

(-) Descontos Concedidos, Devoluções

(-) Impostos sobre vendas

 = RECEITA LÍQUIDA

(-) Custos dos Produtos Vendidos e/ou Serviços Prestados

 = RESULTADO/ BRUTO

(-) Despesas/ Receitas Operacionais

(-) Despesas Gerais e Administrativas

(-) Despesas de Vendas

(+) Receitas Financeiras

(-) Despesas Financeiras

(-) Juros sobre Capital Próprio

(-) Outras Receitas Operacionais

 = RESULTADO OPERACIONAL

(-) Provisão para IR e Contribuição Social

 = RESULTADO LÍQUIDO ANTES DE PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES

(-) Participações

(-) Contribuições

(+) Reversão dos Juros sobre o Capital Próprio

 = RESULTADO (LUCRO/PREJUIZO) LÍQUIDO DO EXERCICIO

 
 

LUCRO POR AÇÃO

 
 

Fonte: (NETO, 2012. p. 77)

A conta Resultado serve, pois, de intermediária na apuração do lucro (prejuízo) de um exercício. Entretanto, não basta apenas a conta do razão Resultado, onde aparecem as contrapartidas das contas de despesa e da receita encerradas no fim do exercício. É necessário também Demonstração do Resultado do Exercício, onde aparecerão, detalhadamente e dentro de critérios da classificação, as contas da receita, despesa e o lucro ou prejuízo líquido. Nessa demonstração, deve ser observado um cabeçalho composto de: a) nome ou denominação da empresa; b) nome do demonstrativo; e c) o período coberto. É de se notar que o último item - período coberto – difere do balanço, que mostra a data em que este foi levantado, enquanto que a demonstração de resultado dos apresenta o movimento de certo período.  O lucro apurado através da Demonstração do Resultado do Exercício pode ser considerado razoavelmente correto; porém, o lucro exato de uma empresa somente poderá ser apurado no sim de sua vida, após a venda de todo seu ativo e o pagamento de suas obrigações. Como geralmente a empresa tem um tempo de duração indeterminado e é necessário que se conheça freqüentemente o resultado de suas obrigações. Como geralmente a empresa um tempo de duração indeterminado e é necessário que se conheça freqüentemente o resultado de suas operações, a Demonstração do Resultado deve ser levantada no mínimo uma vez por ano. (FEA/USP, p. 70, 1993)

 

Tal demonstração facilita na transparência e torna viável o apoio e ajustes entre as partes interessadas no desenvolvimento e no sucesso do empreendimento. As empresas buscam apoio em clientes, fornecedores e, principalmente em sócios, que tornam seu empreendimento lucrativo e de boa concorrência no mercado. Aí entra o papel importante da Demonstração do Resultado do Exercício, e é por meio deste instrumento que a empresa toma as decisões e analisa seus pontos positivos e negativos. Uma vez por ano as empresas precisam fazer essa “demonstração”.

 

3 ANÁLISE ATRAVÉS DOS ÍNDICES ECONÔMICOS

3.1 ANÁLISE DE LIQUIDEZ  

Os indicadores de liquidez evidenciam a situação financeira de uma empresa frente a seus diversos compromissos financeiros. Além do capital circulante líquido estudado no capítulo anterior, o estudo tradicional de liquidez inclui outros indicadores financeiros. (NETO, 2012, p. 176)

São utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto é, constituem uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade para saldar seus compromissos. Esta capacidade de pagamento pode ser avaliada num longo prazo, num curto ou em prazo imediato. (MARION, 1987, p. 476)

3.1.1 Liquidez imediata

 

 

Liquidez imediata =  Disponível

                                --------------

                   Passivo Circulante

 

 
 

 

“Análise imediata Revela a porcentagem das dívidas a curto prazo (circulante) em condições de serem liquidas imediatamente. Esse quociente é normalmente baixo pelo pouco interesse das empresas em manter recursos monetários em caixa, ativo operacionalmente de reduzida rentabilidade”. (Neto, 2012, p. 176)

 

3.1.2     Liquidez seca

 

 

Liquidez Seca = Ativo Circulante – Estoques – Despesas Antecipadas

                                ----------------------------------------------------------------------------

                   Passivo Circulante

 

 
 

O quociente demonstra a porcentagem das dívidas a curto prazo em condições de serem saldadas mediante a utilização de itens monetários de maior liquidez do ativo circulante. Essencialmente, a liquidez seca determina a capacidade de curto prazo de pagamento da empresa mediante a utilização das contas do disponível e valores a receber. (Neto,2012, p. 177)

 

“Indica: quanto a empresa possui de /ativo Líquido para cada US$ 1,00 de Passivo Circulante (dívidas a curto prazo)”.(MATARAZZO, 2010, p. 107)

3.1.3 Liquidez corrente

 

 

Liquidez Corrente = Ativo Circulante

                                -------------------------

                                Passivo Circulante

 

 
 

 

A liquidez corrente indica o quanto existe de ativo circulante para cada $ 1 de dívida a curto prazo. (Neto, 2012, p. 177)

Indica: quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada R$ 1,00 de Passivo /circulante. Interpretação: Quanto maior, melhor. (MATARAZZO, 2010, p. 102)

Este índice relaciona, através de um quociente, os ativos e passivos de mesmo prazo (curto) de vencimento, sendo uma das medidas mais usadas para avaliar a capacidade de um empresa para saltar os seus compromissos em dia. Contudo, tal índice padece de dois defeitos básicos: a) Trata indistintamente (somando) todos os itens do ativo circulante, quando na realidade cada item possui liquidez bem diferente da liquidez de qualquer outro item. Assim sendo, a composição relativa dos dois termos da fração (que é obscurecida pela soma) seria fundamental para uma medida adequada de liquidez. b) O que importa não é o que existe no ativo e no exigível numa determinada data, mas a velocidade com que, a partir dessa data, os ativos serão convertidos em dinheiro, sem reduções de valor, e os passivos circulantes chegarão ao seu vencimento. Isso significa que, para efeitos práticos, devemos conjugar ao uso do índice de liquidez corrente o emprego de outros índices que refletiam essa velocidade. (SANVICENTE, 2013, p. 177 e 178)

 

 

3.1.4Liquidez geral

 

 

Liquidez Geral = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo

                                -----------------------------------------------------------                                            Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo

 

 
 

 

Esse indicador revela a liquidez, tanto a curto prazo como a longo prazo. De cada $ 1 que a empresa mantém de dívida, o quanto existe de direitos e haveres no ativo circulante e no realizável a longo prazo. A liquidez geral é utilizada também como uma medida de segurança financeira da empresa a longo prazo, revelando sua capacidade de saldar todos seus compromissos. (Neto, 2012, p. 177)

 

 

Indica: quanto a empresa possui no Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo para cada $1,00 de dívida total. (MATARAZZO, 2010, p. 99)

 

4.1 ANÁLISE DE ENDIVIDAMENTO

Neste último aspecto, estamos interessados em observar medidas do uso relativo de capital de terceiros pela empresa. Alguns índices mais usados relacionam os saldos de exigibilidades a volumes totais de ativo:

CTT = Capital de terceiros     Exigível

            ------------------------- = ---------------

                 Ativo                     Total do Ativo

CTLP = Capital de terceiros a longo prazo = Exigível a longo prazo

              --------------------------------------------- ------------------------------

                                       Ativo                              Total do ativo

Outro tipo de índice é o de cobertura de juros, no qual procuramos verificar em que proporção os resultados da empresa, como fonte de numerário antes de juros e impostos, permitem cobrir as despesas correspondentes aos encargos financeiros;

 

CJ = Resultado operacional antes de depreciação, despesas financeiras e receitas financeiras

Despesas Financeiras (SANVCENTE, 2013, p 185)

 

 

 

 

 

 

4         ANÁLISE DE RENTABILIDADE

 

A análise da rentabilidade pode ser extremamente detalhada, chegando até níveis de despesas e ativos por centros de custos, receitas e custos por produtos ou divisões. Entendemos que num primeiro momento, para a alta administração da companhia, apenas os primeiros passos que mostram acima sejam suficientes para acompanhamento. (PADOVEZE, 2004, p. 226)

 

 

Os quocientes de rentabilidade servem para medir a capacidade econômica da empresa, isto é, evidenciam o grau de êxito econômico obtido pelo Capital investido na empresa. São calculados com base em valores extraídos da Demonstração do Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial. A rentabilidade do Capital investido na empresa é conhecida por meio do confronto entre contas ou grupos de contas Demonstração do Resultado do Exercício ou conjugando-as com grupos de contas do Balanço Patrimonial. (RIBEIRO, 2012, p. 169).

 

5         METODOLOGIA DE PESQUISA

 

O desenvolvimento de qualquer atividade, seja qual for à pesquisa, teórica ou prática, necessita de um procedimento adequado.

Cervo e Bervian (1996, p. 21) “conceituam método com o, sendo: “apenas um conjunto” ordenado de procedimentos que se mostraram eficientes, ao longo da história, na busca do saber. O método científico é, pois, um instrumento de trabalho.

O resultado depende de seu usuário”.

Para desenvolver uma pesquisa, é necessário que o autor possua algum conhecimento ou conceito que orientarão no momento da realização do trabalho acadêmico, garantindo um bom resultado nos seus objetivos. Mas para que sejam

alcançados estes objetivos é necessário à utilização de uma metodologia de pesquisa para demonstrar os procedimentos utilizados.

O procedimento metodológico não está mais comportado a um ensinamento fechado e teórico, e sim voltado a um ensino mais realista, vivido por meio de pesquisas, estas voltadas à solução de problemas através de métodos científicos. Inicialmente, é importante conceituar ciência por se tratar de uma pesquisa científica

A empresa CAJOIDO COMERCIAL & CIA LTDA:

Histórico da empresa

A Empresa CAJOIDO COMERCIAL & CIA LTDA, é uma sociedade empresária Limitada, foi fundada em 14 de Julho de 2008, tendo seu primeiro registro na Junta Comercial do Paraná em 2008.

A Empresa está localizada na cidade de São Mateus do Sul, Paraná, Brasil. Tem o objetivo desenvolver atividades no comércio atacadista de alimentos para animais e representante comercial no município e região. Atualmente o Capital Social está integralizado em moeda corrente inerentes ao exercício em 31 de dezembro de 2013, apresentadas em Reais no país, distribuído em 1% e 99%. As demonstrações contábeis (R$) e a forma de tributação da empresa e a do Lucro Presumido, elas são elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, tomando-se como base a Lei nº 11.638/2007 e o pronunciado técnico PME – Contabilidade para Pequenas e Médias empresas, emitido pelo comitê de pronunciamento contábil – CPC e pelo conselho. Federal de Contabilidade CFC – Resoluções CFC nº 750/1993, 1255/2009 e 1282/2010.

Tabela 1- Resultado da análise por meio do índice de liquidez

 

Índices

 

2012

 

2013

 

Variação%

 
 

Índice de liquidez geral

 

10,27

 

2,16

 

-375,46

 
 

Índice de liquidez corrente

 

10,27

 

2,16

 

-375,46

 
 

Índice de liquidez seca

 

9,88

 

1,76

 

-461,36

 
 

Índice de liquidez imediata

 

9,62

 

1,36

 

-607,35

 
 

Endividamento sobre ativos

 

9,62

 

43,25

 

349,58

 
 

Endividamento sobre patrimônio líquido

 

10,64

 

76,21

 

306,48

 
 

Endividamento oneroso

 

0

 

48,00

 

 

 
 

Composição do endividamento

 

0

 

0

 

0

 
 

Giro do ativo

 

0,31

 

2,41

 

677,42

 
 

Margem líquida

 

85,27

 

16,17

 

-427,33

 
 

Rentabilidade do ativo

 

25,56

 

38,94

 

52,35

 
 

Rentabilidade do patrimônio líquido

 

29,39

 

68,61

 

133,45

 
 

 

Com a metodologia utilizada neste estudo, foi possível atingir os objetivos esperados e os dados apurados foram suficientes para o levantamento das informações a respeito da situação financeira da empresa. Os índices utilizados foram do exercício de 2012 e 2013.

A empresa teve uma mudança significativa devido a uma alteração no ramo de sua atividade que além de representante comercial passou a desenvolver a atividade comercial. Outro ponto relevante para alteração foi a inclusão de uma nova sócia, com isso houve um trabalho de divulgação e aumento de clientes.

Porém, a lucratividade esperada não é visível nesse exercício, pois a atividade de representante comercial atualmente exige estar enquadrada no regime de Lucro Presumido o que não ocorreu no exercício, devido a distração na antiga contabilidade, recolheu seus tributos como Simples Nacional, a empresa além de recolher os encargos em atraso, multas e juros referente a retroatividade dessa correção.

Chegou – se a conclusão que mesmo com esse imprevisto a empresa não se desestruturou nesse período devido ao aumento de clientes que proporcionalmente aumento das vendas a empresa recebe de seus clientes tudo no curto prazo. Foi chegado a esses resultados através dos índices, D.R.E e Balanço Patrimonial, foi observado a importância do contador para analisar e repassar a situação econômica da empresa para seus clientes.

A tendência para os próximos anos é expandir ainda mais suas atividades em outras regiões para aumentar a receita.

 

Referências:

 

AZEVEDO, Osmar Reis. Modelos de Contabilidade: comparada e síntese. 1ª Edição, São Paulo: IOB Folhamatic. 2013.

 

IBRACON NPC nº 27 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS. Demonstrações Contábeis - Apresentação e Divulgações (NPC 27), 2005. Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/demonstracoescontabeis.htm. Acessado em 07/09/14.

 

FEA DA USP. Equipe de Professores da Contabilidade Introdutória. Livro de Exercícios. Atlas, 1993.

 

FIGUEIREDO, S. Teoria e Prática. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 1997.

 

FRANCO, Hilário. Estrutura, Análise e Interpretação de Balanços. Editora Atlas: São Paulo. 14ª tiragem. 2009. p. 141

 

Glossário de Termos Técnicos Usados na Contabilidade Pública. Disponível em: http://www.fazenda.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=437. Acessado em 14/09/14.

 

HENDRIKSEN, Elden S. & BREDA, Michael F.Van. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999.

 

LEI Nº 11.638, de 28 de Dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da lei n.° 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei n.° 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras.Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm. Acessado em 07/09/14

 

LEI Nº 6.404, de 15 de Dezembro de 1976.Dispõe sobre as Sociedades por Ações.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm Acessado em 07/09/14.

 

NETO, Alexandre Assaf. Estrutura e Análise de Balanços: Um enfoque Econômico – Financeiro. 10ª Edição. São Paulo, Editora Atlas S.A. 2012.

 

Obrigatoriedade de apresentação balanço patrimonial para micro e pequenas empresas para participação- nas licitações públicas. Disponível em: http://portal.conlicitacao.com.br/licitacao/artigos/obrigatoriedade-de-apresentacao-balanco-patrimonial-para-micros-pequenas-empresas-para-participacao-nas-licitacoes-publicas/#ixzz3DIZBuAC9. Acessado em 14/09/14.

 

SANTOS, Cleônimo dos. Manual das Demonstrações Contábeis. Ied – São Paulo: Iob Folhamatic, 2013.

VELTER, Francisco; MISSAGIA, Luiz Roberto. Contabilidade de custos e analise das demonstrações contábeis. 2 ed. série provas e concursos, Rio de Janeiro: Elsevier Editora LTDA, 2010.

 

Alunos: Joice de Souza Gonçalves, Camila Bugay, Donizete Pereira Orientador: Roni Simão - Universidade Estadual de Ponta Grossa

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